Para aqueles que já estão roendo as unhas por causa do vestibulinho da ETEC, há um site bacana com provas e gabaritos dos anos anteriores. Vale a pena ver!
https://www.vestibulinhoetec.com.br/provas-gabaritos/
Olá caros da EMEF José Maria Whitaker
Aqui estarão textos realizados em classe e notícias sobre os eventos de nossa escola.
Beijos
Cíntia
Aqui estarão textos realizados em classe e notícias sobre os eventos de nossa escola.
Beijos
Cíntia
domingo, 15 de agosto de 2010
FELIZ SÓ SERÁ A ALMA QUE AMAR!
Vejam que poema belíssimo do maior escritor alemão de todos os tempos!
Feliz Só Será
Feliz só será
A alma que amar.
'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções"
Tradução de Paulo Quintela
Feliz Só Será
Feliz só será
A alma que amar.
'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções"
Tradução de Paulo Quintela
Pessoal do Alemão,
Sites úteis retirados do "FALEMAO" (http://www.falemao.com.br/)
http://www.deutsch-als-fremdsprache.de/daf-uebungen
Site com exercícios, à base de um banco de dados e um sistema de busca.
http://www.uncg.edu/~lixlpurc/publications/NetzUeb.html
Site em inglês com uma listagem longa de sites com exercícios de alemão, elaborada pelo prof. Andreas Lixl, universidade de North Carolina.
http://www.humanas.ufpr.br/
Site da área de estudos germânicos da UFPR, contendo uma grámatica (em construção) do alemão, em idioma português, elaborado pelo prof. Klaus Eggensperger.
Sites úteis retirados do "FALEMAO" (http://www.falemao.com.br/)
http://www.deutsch-als-fremdsprache.de/daf-uebungen
Site com exercícios, à base de um banco de dados e um sistema de busca.
http://www.uncg.edu/~lixlpurc/publications/NetzUeb.html
Site em inglês com uma listagem longa de sites com exercícios de alemão, elaborada pelo prof. Andreas Lixl, universidade de North Carolina.
http://www.humanas.ufpr.br/
Site da área de estudos germânicos da UFPR, contendo uma grámatica (em construção) do alemão, em idioma português, elaborado pelo prof. Klaus Eggensperger.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
AVISO
Olá caros alunos e alunas,
Procuro uniformes antigos da Whitaker para a Mostra Cultural do dia 25 de setembro! Se tiverem (mesmo que estejam velhos), traga-os para mim! Por favor!
Beijos,
Cíntia
Procuro uniformes antigos da Whitaker para a Mostra Cultural do dia 25 de setembro! Se tiverem (mesmo que estejam velhos), traga-os para mim! Por favor!
Beijos,
Cíntia
Continuidade dos parques - Julio Cortazár
Começara a ler a novela uns dias antes. Abandonou-a por negócios urgentes, voltou a abri-la quando regressava de trem à herdade; deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Essa tarde, depois de escrever uma carta a seu procurador e discutir com o mordomo uma questão de sociedades, voltou ao livro na tranqüilidade do estúdio que olhava em direção ao parque de carvalhos. Refestelado em sua poltrona favorita, de costas para a porta que o houvera incomodado com uma irritante possibilidade de intrusões, deixou que sua mão esquerda acariciasse uma vez ou outra o veludo verde e pôs-se a ler os últimos capítulos.
Sua memória retinha sem esforço os nomes e as imagens dos protagonistas; a ilusão nove-lesca venceu-o quase em seguida. Gozava do prazer quase perverso de ir-se desgalhando linha a linha do que o rodeava, e sentir ao mesmo tempo que sua cabeça descansava comodamente no ve-ludo do alto respaldo, que os cigarros continuavam ao alcance da mão, que para além das grandes janelas dançava o ar do entardecer sob os carvalhos. Palavra a palavra, absorvido pela sórdida dis-juntiva dos heróis, deixando-se ir até as imagens que se concertavam e adquiriam cor e movimento, foi testemunha do último encontro na cabana do monte. Primeiro entrava a mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara lanhada pela chicotada de um ramo. Admiravelmente estancava ela o san-gue com seus beijos, mas ele rechaçava as carícias, não viera para repetir as cerimônias de uma pai-xão secreta, protegida por um monte de folhas secas e sendas furtivas. O punhal entibiava-se contra seu peito, e debaixo latejava a liberdade agarrada. Um diálogo anelante corria pelas páginas como um arroio de serpentes, e sentia-se que tudo estava decidido desde sempre. Até essas carícias, que enredavam o corpo do amante como querendo retê-lo ou dissuadi-lo, desenhavam abominavelmente a figura de outro corpo que era necessário destruir. Nada havia sido esquecido: alibis, acasos, possí-veis erros. A partir dessa hora cada instante tinha seu emprego minuciosamente atribuído. O duplo repasse desapiedado interrompia-se apenas para que uma mão acariciasse uma face. Começava a anoitecer. Sem se olharem já, atados rigidamente à tarefa que os esperava, separaram-se na porta da cabana. Ela devia seguir pela senda que ia ao norte. Desde a senda oposta ele se voltou um instante para vê-la correr com o cabelo solto. Correu por sua vez, entrincheirando-se nas árvores e sebes, até distinguir na bruma malva do crepúsculo a alameda que levava à casa. Os cães não deviam ladrar, e não ladraram. O mordomo não estaria a essa hora, e não estava. Subiu os três degraus do alpendre e entrou. Desde o sangue galopando em seus ouvidos lhe chegavam as palavras da mulher: primeiro, uma sala azul, depois uma galeria, uma escadaria alfombrada. No alto, duas portas. Ninguém no primeiro cômodo, ninguém no segundo. A porta do salão, e então o punhal na mão, a luz das vastas janelas, o encosto alto de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo uma novela.
Do livro Final de Juego (1956).Tradução de Ramon Quintela Torreira
Sua memória retinha sem esforço os nomes e as imagens dos protagonistas; a ilusão nove-lesca venceu-o quase em seguida. Gozava do prazer quase perverso de ir-se desgalhando linha a linha do que o rodeava, e sentir ao mesmo tempo que sua cabeça descansava comodamente no ve-ludo do alto respaldo, que os cigarros continuavam ao alcance da mão, que para além das grandes janelas dançava o ar do entardecer sob os carvalhos. Palavra a palavra, absorvido pela sórdida dis-juntiva dos heróis, deixando-se ir até as imagens que se concertavam e adquiriam cor e movimento, foi testemunha do último encontro na cabana do monte. Primeiro entrava a mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara lanhada pela chicotada de um ramo. Admiravelmente estancava ela o san-gue com seus beijos, mas ele rechaçava as carícias, não viera para repetir as cerimônias de uma pai-xão secreta, protegida por um monte de folhas secas e sendas furtivas. O punhal entibiava-se contra seu peito, e debaixo latejava a liberdade agarrada. Um diálogo anelante corria pelas páginas como um arroio de serpentes, e sentia-se que tudo estava decidido desde sempre. Até essas carícias, que enredavam o corpo do amante como querendo retê-lo ou dissuadi-lo, desenhavam abominavelmente a figura de outro corpo que era necessário destruir. Nada havia sido esquecido: alibis, acasos, possí-veis erros. A partir dessa hora cada instante tinha seu emprego minuciosamente atribuído. O duplo repasse desapiedado interrompia-se apenas para que uma mão acariciasse uma face. Começava a anoitecer. Sem se olharem já, atados rigidamente à tarefa que os esperava, separaram-se na porta da cabana. Ela devia seguir pela senda que ia ao norte. Desde a senda oposta ele se voltou um instante para vê-la correr com o cabelo solto. Correu por sua vez, entrincheirando-se nas árvores e sebes, até distinguir na bruma malva do crepúsculo a alameda que levava à casa. Os cães não deviam ladrar, e não ladraram. O mordomo não estaria a essa hora, e não estava. Subiu os três degraus do alpendre e entrou. Desde o sangue galopando em seus ouvidos lhe chegavam as palavras da mulher: primeiro, uma sala azul, depois uma galeria, uma escadaria alfombrada. No alto, duas portas. Ninguém no primeiro cômodo, ninguém no segundo. A porta do salão, e então o punhal na mão, a luz das vastas janelas, o encosto alto de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo uma novela.
Do livro Final de Juego (1956).Tradução de Ramon Quintela Torreira
Memória - Carlos Drummond de Andrade
Memória - Carlos Drummond de Andrade
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
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